segunda-feira, 17 de setembro de 2012
IV SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - INSCRIÇÕES ABERTAS
PRÊMIO MEMÓRIAS REVELADAS
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
I SEMINÁRIO DE HISTÓRIA E EDUCAÇÃO AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA / IV SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA - Campus Universitário de Cametá
O Campus Universitário do Tocantins/UFPA - Cametá, instrumento de formação acadêmica na Região Tocantina, que vem sediando vários eventos internacionais, nacionais e regionais visando socializar as atividades acadêmicas de seus discentes e docentes. Em 2011, a III Semana da Consciência Negra do Campus Universitário do Tocantins aconteceu paralelamente ao I Seminário Internacional de Relações Raciais na Amazônia: Memória, Cultura e Linguagem. Enquanto a IV Semana da Consciência Negra do Campus Universitário do Tocantins - CULTURA, IDENTIDADE E TRABALHO que ocorrerá no período de 20 a 23 de novembro de 2012, simultânea, também, ao I Seminário de História e Educação Afro Brasileira e Indígena. Trata-se de eventos de caráter interdisciplinar de extensão acadêmica, que sempre contaram com a participação de grupos de cultura Afro-brasileira, Riberinhos, Associações de Remanescentes de Quilombolas da região do Tocantins, pesquisadores, alunos e professores, que tiveram como propósito não só discutir a historiografia do negro, além de questões educacionais e culturais da região Amazônica, mas, compartilhar experiências de pesquisa no sentido de promover debates interdisciplinares entre estudantes e professores de ensino fundamental, médio e universitário sobre temas relacionados ao processo histórico social da população negro-africana e da cultura afro-brasileira. Desta forma, O I Seminário de História e Educação Afro Brasileira e Indígena & a IV Semana da Consciência Negra do Campus Universitário do Tocantins - Cultura, Identidade e Trabalho, também, visam discutir a História Indígena na Amazônia, com foco na lei 11.645/2008, que estabelece a obrigatoriedade das questões afro-brasileira e indígenas nas escolas públicas e particulares. Seguindo a programação dos referidos eventos deverão ocorrer conferencias, mesas redondas, mini-cursos, Oficinas e grupos de trabalhos abertos ao público. Destaca-se que enquanto a maioria das atividades será de responsabilidade docente, as oficinas estarão sob os cuidados dos discentes interessados em apresentar oficinas temáticas para a formação complementar de professores e alunos das redes de ensino, pública e particular, selecionadas previamente como espaço de atividade das diferentes experiências. Da mesma forma, os membros de grupos culturais afro-brasileiros e indígenas, também, terão a oportunidade de realizar oficinas voltadas para sua experiência, apesar de necessariamente articuladas com a formação dos novos educadores.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Cotas para pretos, pardos e indígenas nas universidades federais
quarta-feira, 25 de julho de 2012
GREVE: "Governo reapresenta proposta e mantém a desestruturação da carreira
domingo, 8 de julho de 2012
Especialização: novo período e local de matrícula
terça-feira, 3 de julho de 2012
A Especialização e o contexto da greve...
Prezad@ candidat@,
devido a situação de greve, e do fechamento dos portões do Campus de
Cametá, o período de matrícula será adiado até que a situação possa ser
contornada em coerência com o movimento. No momento ainda não temos uma
data alternativa para as matrículas. Contudo, recomendamos atenção para
as notícias sobre o movimento grevista. Enviaremos notícias por e-mail
ou através do nosso deste blog.
Atenciosamente,
A Coordenação.
quarta-feira, 27 de junho de 2012
RESULTADO FINAL - ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
Segue abaixo os nomes dos 25 candidatos aprovados para o I Curso de Especialização em História Afro-brasileira e Indígena. Recomendamos atenção para o cumprimento do calendário de matrícula e para os critérios exigidos no edital (aditivo de prorrogação). Caso não haja adequação de algum candidato, o mesmo será substituido. Todos os projetos devem ser revistos, conforme orientação da banca de entrevista, para uma reapresentação no primeiro dia de aula. Maiores informações podem ser obtidas através do e-mail consciencianegra.cameta@gmail.com
Atenciosamente,
A Coordenação.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
CANDIDATOS APROVADOS PARA ENTREVISTA - Especialização em História Afro-brasileira e Indígena
As entrevistas ocorrerão nos dias 25 e 26 de junho, a partir das 9 horas da manhã, no Campus Universitário do Tocantins/Cametá.
Atenciosamente,
A Coordenação
INSCRIÇÕES HOMOLOGADAS - SELEÇÃO PARA HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA
segunda-feira, 11 de junho de 2012
ESPECIALIZAÇÃO EM HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA - PRORROGADO O PRAZO DE INSCRIÇÕES
quarta-feira, 23 de maio de 2012
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA E INDÍGENA - Edital de Seleção
quinta-feira, 17 de maio de 2012
HISTÓRIA AFRO-BRASILEIRA E INDIGENA - Curso aprovado
sábado, 14 de abril de 2012
O que (não) fazer no Dia do Índio
09/04/2012
Fonte: Da Revista Nova Escola
Na data em homenagem aos primeiros habitantes do Brasil, uma série de estereótipos e preconceitos costuma invadir a sala de aula. Saiba como evitá-los e confira algumas propostas de especialistas de quais conteúdos trabalhar.
O Dia do Índio é comemorado em 19 de abril no Brasil para lembrar a data histórica de 1940, quando se deu o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano. O evento quase fracassou nos dias de abertura, mas teve sucesso no dia 19, assim que as lideranças indígenas deixaram a desconfiança e o medo de lado e apareceram para discutir seus direitos, em um encontro marcante.
Por ocasião da data, é comum encontrar nas escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas, música e atividades culturais. No entanto, especialistas questionam a maneira como algumas dessas práticas são conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem alguma. “O indígena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes, aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que o índio é contemporâneo e tem os mesmos direitos que muitos de nós, ‘brancos’”, diz a coordenadora de Educação Indígena no Acre, Maria do Socorro de Oliveira.
Saiba o que fazer e o que não fazer no Dia do Índio:
1. Não use o Dia do Índio para mitificar a figura do indígena, com atividades que incluam vestir as crianças com cocares ou pintá-las. Faça uma discussão sobre a cultura indígena usando fotos, vídeos, música e a vasta literatura de contos indígenas. “Ser índio não é estar nu ou pintado, não é algo que se veste. A cultura indígena faz parte da essência da pessoa. Não se deixa de ser índio por viver na sociedade contemporânea”, explica a antropóloga Majoí Gongora, do Instituto Socioambiental.
2. Não reproduza preconceitos em sala de aula, mostrando o indígena como um ser à parte da sociedade ocidental, que anda nu pela mata e vive da caça de animais selvagens. Mostre aos alunos que os povos indígenas não vivem mais como em 1500. Hoje, muitos têm acesso à tecnologia, à universidade e a tudo o que a cidade proporciona. Nem por isso deixam de ser indígenas e de preservar a cultura e os costumes.
3. Não represente o índio com uma gravura de livro, ou um tupinambá do século 14. Sempre recorra a exemplos reais e explique qual é a etnia, a língua falada, o local e os costumes. Explique que o Brasil tem cerca de 230 povos indígenas, que falam cerca de 180 línguas. Cada etnia tem sua identidade, rituais, modo de vestir e de se organizar. Não se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos Ashinkas, que têm ligação com o império Inca; dos povos não-contatados e dos Pankararu, que vivem na Zona Sul de São Paulo.
4. Não faça do 19 de abril o único dia do índio na escola. A Lei 11.645/08 inclui a cultura indígena no currículo escolar brasileiro. Por que não incluir no planejamento de História, de Língua Portuguesa e de Geografia discussões e atividades sobre a cultura indígena, ao longo do ano todo? Procure material de referência e elabore aulas que proponham uma discussão sobre cultura indígena ou sobre elementos que a emprestou à nossa vida, seja na língua, na alimentação, na arte ou na medicina.
5. Não tente reproduzir as casas e aldeias de maneira simplificada, com maquetes de ocas.“Oca” é uma palavra tupi, que não se aplica a outros povos. O formato de cada habitação varia de acordo com a etnia e diz respeito ao seu modo de organização social. Prefira mostrar fotos ou vídeos.
6. Não utilize a figura do índio só para discussões sobre como o homem branco influencia suas vidas. Debata sobre o que podemos aprender com esses povos. Em relação à sustentabilidade, por exemplo, como poderíamos aprender a nos sentir parte da terra e a cuidar melhor dela, tal como fazem e valorizam as sociedades indígenas?
Consultoria:
- Maria do Socorro de Oliveira, coordenadora de Educação Escolar Indígena da Sec. De Educação do estado do Acre. E Majoí Gongora, Antropóloga do programa de Povos Indígenas do Brasil do Instituto Socioambiental.
In http://www.famalia.com.br/?p=12671
quinta-feira, 29 de março de 2012
O voto obrigatório e o político corrupto
Muito se especula a respeito da obrigatoriedade do voto no Brasil, discussão até certo ponto compreensível já que vivemos em uma democracia, e num estado atolado em corrupção, falcatruas e roubalheiras. É evidente que nossos políticos não desfrutam de credibilidade, muito menos eficiência no gerenciamento de políticas públicas, pelo menos nas mais palpáveis pela polução como saúde, educação e segurança pública.
Porém, parece-me que há uma inversão de conceitos entorno dos discursos de “prós e contras”. Nas principais argumentações, “prós” afirmam que com a ausência da obrigatoriedade os políticos tenderiam a se esforçar pela conquista de votos e conseqüentemente na aplicabilidade de políticas mais eficientes para conquistarem tais votos. Já os “contras” reafirmam que o voto é um direito-dever adquirido do cidadão, garantindo na Constituição Federal. Não quero aqui entrar no mérito da questão “pró” ou “contra”, até porque ambas não resumem-se apenas nessas generalizações, pelo contrário, há todo um contexto histórico,social,jurídico e até mesmo ideológico, mais quero refletir que o Estado Democrático de direito garante o processo democrático como instrumento de maior afabilidade à participação da população na política nacional.
Portanto, o processo de elegibilidade de políticos mais comprometidos com os interesses coletivos não se resume na causa da obrigatoriedade ou não do voto, pois seria esta mais uma ferramenta superficial na peneira da eleição. A questão está centrada apenas no voto. Isso mesmo, votar obrigatoriamente ou não significa pouca coisa, “votar em quem” é a chave fundamental do processo.
O Brasil já vive uma democracia já bem consolidada e o acesso aos partidos políticos nunca foi tão fácil em nossa história, ao mesmo tempo nunca chegamos a um estágio de participação política indireta tão evidente: cada vez mais criticamos, cada vez mais cobramos leis rigorosas, cada vez mais procuramos nos informar dos casos de corrupção envolvendo políticos, e isso está tão evidente na mentalidade das pessoas – é impossível não lembrar dos mensaleiros, do dinheiro na cueca, nas fraudes em licitações, e evidentemente das impunidades – as pizza’s da vida.
Hoje, temos a oportunidade de votar, e mais ainda, a oportunidade de escolher em quem votar. É do conhecimento comum que historicamente o direito ao voto sempre foi sutileza de uma minoria. Negros, analfabetos, mulheres e pobres nem sempre votaram neste país. José Murilo de Carvalho em sua obra “os bestializados” ao analisar o os primeiros rumos do Brasil República (1889), evidencia restrições mais complexas – e até antagônicas para um estado Republicano. Segundo Carvalho, nas primeiras eleições diretas para presidente do Brasil em 1894, apenas 1,3% da população total votaram, e pior ainda, votaram com sob a pressão de oligarquias locais.
Lima Barreto escrevera em 1917: “de há muito os políticos práticos tinham conseguido quase totalmente eliminar do aparelho eleitoral este elemento perturbador – o voto”. Vejam que naquela configuração política de primeira República, votar e em quem votar ainda era um direito muito abstrato. Desde o Brasil Republicano passamos por várias fases no curso de nossa história: A República Velha (1889-1930), a Era Vargas (1930-1945), A República nova (1945-1964), o Regime Militar (1964-1985) até conquistarmos a Redemocratização tivemos períodos de muitas oscilações políticas. De fato, com a Redemocratização muito avançamos, porém ainda escolhemos muito mal nossos representantes.
No Brasil atual, mais de 70% da população vota, cerca de 10 % da população é filiada a algum partido político, nunca foi tão fácil conquistar espaço na arena política, nunca tivemos uma democracia tão consolidada, o processo eleitoral nunca foi tão imparcial – evidentemente que ainda não estamos em um estágio de perfeição, falhas existem, porém se hoje a história nos dá uma oportunidade nunca antes alcançada pela população brasileira, porque ainda temos que conviver com tantos atos de corrupção e com tantos políticos ineficientes? Certamente muitas explicações complexas podem surgir, mais ainda creio que o processo de escolha seja fundamental, e para que tenhamos um maior leque de opções, seguramente necessitamos de mais participação política da população, e não me refiro a simplesmente cobranças, quem sabe o político ideal que precisamos não está dentro de você!
Robson Pena Fortes
Graduando em História