quinta-feira, 26 de agosto de 2021

A FORMAÇÃO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS, PELO PARFOR, NO CURSO DE HISTÓRIA: currículo e trajetória de professoras egressas de Cametá/PA


DISCENTE: LENISE MENDES RODRIGUES
DATA: 27/08/2021
HORA: 09:00
LOCAL: Plataforma vitual google meet

RESUMO:

Este trabalho tem como objetivo analisar a formação de professoras, através do curso de História da Universidade Federal do Pará, contempladas pelo Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica – PARFOR, tendo como foco de observação os estudos sobre as relações étnico-raciais aplicadas à análise do currículo do curso e às práticas sociais e escolares de docentes egressas do Campus de Universitário de Cametá/PA. Pois, o curso de história do PARFOR ofertou no desenho curricular uma disciplina de História da África. E por conta disso a intenção deste trabalho foi procurar saber através de levantamento de dados se o curso atende as questões étnico-raciais de acordo com as exigências da lei 11.645/08 que instituiu a obrigatoriedade da inclusão da temática de história e cultura afro-brasileira e indígena na educação básica e no ensino superior. Porque, o ano de implementação do PARFOR em Cametá coincidiu com a criação da Faculdade de História no Campus Universitário daquele município. Contudo, o desenho curricular de base para o curso de história não seguiu as diretrizes da recém-criada Faculdade, mas as de Belém. E por esse motivo o curso ofertou apenas essa disciplina na parte final do curso. A metodologia utilizada na pesquisa é de cunho qualitativo com análise documental do projeto pedagógico do curso que foram analisados o desenho curricular e a história oral com a entrevista das professoras egressas do curso. Se essa única disciplina despertou a prática das relações étnico-raciais no retorno de suas comunidades escolares. No entanto, o resultado da pesquisa nos mostrou que curso de história ainda não atende a legislação e por esse motivo que as discussões não são abrangentes no currículo. Mas, mesmo assim essa única disciplina fez a diferença na formação das professoras que despertou o interesse da produção de trabalhos de conclusão de curso em torno da temática, como também modificou a prática pedagógica levando outro conhecimento sobre a história do continente africano e do negro no Brasil. Em busca de um ensino democrático, no reconhecimento das diferenças e no combate ao racismo.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2425811 - LUIZ AUGUSTO PINHEIRO LEAL
Interno - 2299112 - JOSE VALDINEI ALBUQUERQUE MIRANDA
Externo à Instituição - VIVIANE DE OLIVEIRA BARBOSA

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

A ginga entre Angola e Brasil: memórias e representações sobre a rainha Nzinga Mbandi

As ancestralidades africanas, de diferentes grupos étnicos, emergem fora daquele continente devido a experiência diaspórica de parte de sua população. Suas memórias, no Brasil, foram ressignificadas e transmitidas como experiências culturais que forjaram novos sentidos e categorias de afirmação para as identidades de matriz africana. A memória popular sobre a rainha Nzinga Mbandi, que viveu durante os séculos XVII na região de Matamba, atual Angola, possibilita entender como a história de povos de matriz bantu foi partilhada durante a diáspora e marcaram as experiências culturais que se reinventaram no Brasil. A referência àquela importante senhora de Matamba ganhou significados associados às manifestações culturais criadas pelas diferentes etnias bantu. Ginga é o nome característico da movimentação corporal associada a Capoeira, ao Samba e ao Congado. Expressões culturais de matriz africana que encontram na música, na defesa pessoal e expressão corporal (dança), formas de se manter uma liberdade tantas vezes negada. Diante do exposto, o Grupo de Pesquisa História em Campo - GHISCAM recebe a Dra. Mariana Bracks Fonseca, professora de História da África da Universidade Federal de Sergipe - UFS, autora do livro “ Ginga de Angola: Memória e representações da rainha guerreira na diáspora” para falar sobre a Rainha Ginga e as formas como a memória popular sobre ela foi construída através da cultura afro-brasileira. A entrevista conta com a mediação da profa. Ma. Darcielly da Silva Cardoso, do GHISCAM, e ocorrerá no dia 20 de agosto, 19h, através do canal HISTÓRIA EM CAMPO. Para acompanhar a entrevista, acesse o link: https://youtu.be/QF1PFnb5XDs



quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Iê, viva as mulheres, camará: Protagonismo feminino na capoeira

 

A participação das mulheres nas práticas de vadiagem não é algo novo, uma vez que no Pará mulheres como Maria Meia-noite, Jerônima Cafuza, dentre outras, foram citadas nos escritos sobre a história da capoeira por participarem desta prática. Entretanto, falar sobre a participação do feminino na capoeira ainda causa curiosidade e surpresa, visto que a capoeira foi se configurando ao longo da história, por uma elite machista e conservadora, como uma prática eminentemente masculina, e isso contribuiu para que a participação do feminino fosse invisibilizada e para que os estereótipos de gêneros se fortalecessem. Atualmente, é possível perceber o fortalecimento de mulheres na capoeira, as quais constroem suas redes de solidariedade feminina e ações de resistência. Diante do exposto, o grupo GHISCAM convida a angoleira Maria Clecilma Moraes Fiel (Keké), monitora do Grupo Malungo Centro de Capoeira Angola e integrante do coletivo feminista “Bando da Brava”, para falar sobre protagonismo feminino na capoeira. A entrevista conta com a mediação da professora Ma. Luciane de Sena Camões.

 

https://youtu.be/e91Aq4C0nuc link para anexar ao texto, para divulgação.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

Gênero e cultura popular: a presença do feminino no Bumba meu boi maranhense

 O Bumba meu boi é uma manifestação cultural presente no estado do Maranhão e considerada Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO desde 2019. Tradicionalmente, grande parte dos grupos era liderada por homens, denotando um universo predominantemente masculino. Essa realidade vem mudando nas últimas décadas com a presença cada vez maior de mulheres protagonizando espaços de destaque nas brincadeiras. Para tratar destas e outras questões, o grupo de pesquisa História em Campo (GHISCAM/UFPA), recebe para entrevista a sra. Benedita Arouche, representante do Bumba meu boi de Pindaré. A entrevista conta com a mediação da professora Dra. Carolina Martins, da FAHIST/UFPA. Para acompanhar a Entrevista, acesse o link: https://youtu.be/H3d1sbogrjo


quarta-feira, 4 de agosto de 2021

"Pelos braços da mulher preta": história e memória do quilombo do América, Bragança/Pa

 As populações quilombolas têm lutado ativamente pela conquista, reconquista ou manutenção de seus territórios ancestrais, enfrentando diversos problemas para demarcação e titulação destes. A crença em uma suposta (e falsa) democracia racial em nosso país dificulta o conhecimento e o entendimento dos direitos conquistados por este segmento da população brasileira. Diante desta problemática, o grupo de pesquisa História em Campo (GHISCAM/UFPA), recebe para entrevista a Sra. Roseti do Socorro Melo Araújo, presidenta da Associação Remanescente Quilombola do América-ARQUIA. A entrevista, que ocorrerá no dia 04 (quarta-feira), às 16h, através do canal do Grupo de Pesquisa História em Campo (YouTube), será mediada pela professora Antonia Lenilma Meneses de Andrade, doutoranda da Universidade Estadual Paulista (UNESP/ARAQUARA) e professora da SEDUC-Pa. Para acompanhar a entrevista, acesse o link: https://youtu.be/BmklswPqxdQ